terça-feira, 27 de maio de 2008

"pollack"

vinte filmes, só vi nove, é pouco.
sua despedida foi melancólica, "a intérprete" com a nicole kidmann perdida, correndo
prá lá e prá cá, mal acompanhada pelo sempre péssimo sean penn. é doloroso, faz pena.
um diretor que apesar de artesão, acadêmico, ortodoxo e convencional, nos deu coisas
boas.
for exemple: "esta mulher é proibida", redford, bronson e uma natalie wood linda de
morrer (e matar, prá mim, uma das americanas mais bonitas do cinema). nunca vi falar.
deve ter passado aqui em 67, quando já estava trabalhando(os dois horários) e estu -
dando à noite. vi outra madrugada dessa no cult. filmaço. barra pesada. ela, novinha
namora(por ter se apaixonado e não por ser puta como a mãe) pelo "cara de fora", o bob,
engenheiro que veio para concluir uma obra(não lembro se uma ferrovia, um porto, uma porra lá), fase da demissão, problema com o sindicato, o caralho, mal visto na pro-
vincia(new orleans?). drama, como tudo de tenesee williams, viadão respeitado na
américa pelas peças de sucesso, levadas às telas transformadas em clássicos, como "um
bonde chamado desejo", "gata em teto de zinco quente", entre outros. filmaço.
"a noite dos desesperados" deve ser seu filme mais pessoal, autoral. é respeitado no
mundo todo. na(durante ou após) a grande depressão, a diversão era concurso de dança
de casais prá ver quem suportava mais, ir até o fim, cansaço físico, mental, o pró-
prio desespero. michael serrazin, sua parceira(grande desempenho e não lembro o nome
ne foda?) e gig young. filmaço,prá gente grande.
"mais forte que a vingança" fortaleceu a parceria com redford. muito cultuado como
um western ecológico, não gostei exatamente por isso, muito limpo, aquelas monstanhas
geladas do colorado, tudo muito bonito mas falta o sangue, a essência do gênero.
"3 dias do condor" - ele voltou a acertar a mão. deve ter sido um dos primeiros e me-
lhores filmes sobre a cia(ou uma daquelas agências)com boas doses de suspense e ação.
redford está ótimo, falando com os olhos. não há pacino, mister ráu, sorry.
-"ausência de malícia" - é o tal do filme-denúncia. nunca dão certo. é este o caso.
-"havana" é bom, apesar de pretensioso, lento. mas aí redord já virou uma marca, uma
grife, um super-herói, sempre frio, sedutor, sempre por cima da carne sêca; que no
caso e a rigor de sêca não tem nada: a ótima lena olin.
-"a firma" é muito bom, bem bolado. advogados...ah... lá como cá, uma desgraça.
-"sabrina" - dizem que o primeiro é melhor, não vi. também... de billy wilder com au-
drey hepburn no papel título, bogart e william holden; é covardia. gostei desse. a
júlia ormond não amarra a sapatilha da audrey, o harrison ford está bem, mas o ladrão é o greg kinnear.

era um ator correto. está perfeito como o ricaço amigo de cruise em "de olhos bem
fechados", quebrando o galho de seu amigo e ídolo stanley kubrick no lugar de harvey
keitel, que cheio de cunhão não aguentou o perfeccionismo do kubra e caíu fora.

foi um trabalhador. que descanse em paz.

chico.

p.s. - a dançarina dos "desesperados" é jane fonda, lembrei.






Sydney Pollack, ator e cineasta estadunidense, nasceu na cidade de Lafayette, Indiana, no dia 1 de julho de 1934. Trabalha com freqüência com o ator Robert Redford em seus filmes. Dirigiu, além de seus inúmeros filmes, os episódios das séries de TV "O Fugitivo" e "The Alfred Hitchcock Hour".

Filmografia
2005 - A intérprete (Interpreter, The)
1999 - Destinos cruzados (Random hearts)
1995 - Sabrina (Sabrina)
1993 - A firma (Firm, The)
1990 - Havana (Havana)
1985 - Entre dois amores (Out of Africa)
1982 - Tootsie (Tootsie)
1981 - Ausência de malícia (Absence of malice)
1979 - O cavaleiro elétrico (Eletric horseman, The)
1977 - Bobby Deerfield
1975 - Operação Yakuza (Yakuza, The)
1975 - Três dias do condor (Three days of the condor)
1973 - Nosso amor de ontem (Way we were, The)
1972 - Mais forte que a vingança (Jeremiah Johnson)
1969 - A noite dos desesperados (They shoot horses, don't they?)
1969 - A defesa do castelo (Castle keep)
1968 - Swimmer, The
1968 - Revanche selvagem (Scalphunters, The)
1966 - Esta mulher é proibida (This property is condemned)
1965 - Slender thread, The
Premiações
3 indicações ao Oscar, na categoria de Melhor Diretor, por "A Noite dos Desesperados" (1969), "Tootsie" (1982) e "Entre Dois Amores" (1985). Venceu em 1985.
2 indicações ao Oscar, na categoria de Melhor Filme, por seu trabalho como produtor de "Tootsie" (1982) e "Entre Dois Amores" (1985). Venceu em 1985.
3 indicações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Diretor, por "A Noite dos Desesperados" (1969), "Tootsie" (1982) e "Entre Dois Amores" (1985).
Indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Diretor, por "Tootsie" (1982).
Indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Filme, por seu trabalho como produtor de "Tootsie" (1982).
Indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Filme Britânico, por seu trabalho como produtor de "De Caso com o Acaso" (1998).
Indicação ao Cesar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, por "Entre Dois Amores" (1985).
Menção Honrosa, no Festival de Berlim, por "Ausência de Malícia" (1981).
Prêmio Bodil de Melhor Filme Não-Europeu, por "Tootsie" (1982).

SIDNEY POLLACK - O fim, cedo.


Morreu SIDNEY POLLACK. Morreu cedo, aos 73 anos. Não fosse o cancer, poderia ter vivido mais, pois aparentava boa disposição. Gostava dele. Não de todo o conjunto da obra. Alguns filmes me chamaram a atenção: "OS TRÊS DIAS DE CONDOR", ótima crônica do cotidiano, com AL PACCINO. "AUSÊNCIA DE MALÍCIA", drama de máfia, com PAUL NEWMAN e SALLY FIELD. E o primeiro: "MAIS FORTE QUE A VINGANÇA", com ROBERT REDFORD (uma espécie de alter ego do diretor), faroeste politicamente correto que abordava a questão da ecologia. Deu seu recado, bem dado.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

"a espinha do diabo"

cult.
guillermo del toro, bom pá porra. só que hollywood(como a globo) pega logo e o de
lá, "hellboy" não foi essas cacacola toda, não.
este se passa no interior da espanha, em 31, plena guerra civil espanhola.
ora, só sair de l.a., nyc e outras megalópoles já é um refresco, dá um frescor ao
cinema, ainda que seja um barra pesada como este. só isso já vale a pena dar uma
olhada.
é o realismo fantástico que o povo diz ter sido a marca registrada do garcia marquez,
antes dele se contentar a babar os "quiba" de fidel e outros ditadores menores, descontentando seu público.
é um orfanato no cú do mundo, a maior pobreza. tem a dignidade do casal de velhos que
toma conta, o sadismo e a brutice(mistura de brutalidade com idiotice) dum carinha lá
que ajuda o casal, um suspense de primeira e a vingança mais. a solidariedade das
crianças é pungente.
não deixe de ver.
chico.

sábado, 17 de maio de 2008

ERA UMA VEZ NO OESTE - História e reverência


Este filme é um clássico e faz parte de uma, das duas trilogias, que transformaram SERGIO LEONE, diretor italiano, em um dos monstros sagrados do cinema. A primeira se iniciou com “POR UM PUNHADO DE DÓLARES” (1964), continuou com “POR UNS DÓLARES A MAIS” (1965) e culminou com o definitivo “TRÊS HOMENS EM CONFLITO” (1966), todos estrelados por CLINT EASTWOOD. A segunda se iniciou com o que retratamos nessa resenha (1968), continuou com “QUANDO EXPLODE A VINGANÇA” (1971) e culminou com o espetacular “ERA UMA VEZ NA AMÉRICA” (1984). LEONE é um cineasta de primeira linha. Consegue fazer cinema explorando ao máximo cada cena, sorvendo-a como se estivesse provando um bom vinho, sempre bem devagar, porém, sem deixar escapar por um milímetro sequer, o norte da história que se propôs contar, neste caso, história mesmo, a do avanço do progresso rumo ao oeste americano. História contada sob sua ótica e plástica, com realidade e crueza. E, aí está a diferença: O glamour passa longe. Basta prestar atenção na seqüência inicial (na estação) de “ERA UMA VEZ NO OESTE”. São doze minutos de pura aula. Dos closes nos personagens, aos sons captados de forma exagerada, diferente, original. Ele também não se preocupa em esconder de ninguém sua paixões e predileções, ao contrário, as escancara, como fez nestas duas trilogias, onde não faltam reverências ao mestre JOHN FORD, outro gigante do cinema. Não é a toa que alguns dos diretores da atual safra, como QUENTIN TARANTINO e ROBERT RODRIGUES, reconhecidos pela crítica e pelo público, bebem desse mesmo vinho.
O filme é um épico por excelência. Conta a história do desbravamento do oeste americano. A partir de 1840, NAPOLEÃO BONAPARTE já tinha perdido a guerra e a europa vivia em relativa paz. Os americanos resolveram se voltar para sí mesmos e iniciaram a aventura rumo ao oeste, pois entendiam que estariam conquistando também, o seu próprio progresso. Essa conquista veio, a custa de muito sangue, de branco e de índio, e de uma revolução, a GUERRA DE SECESSÃO, travada entre o NORTE, semiindustrial e progressista, e o SUL, ruralista e escravagista. Naqueles idos existia gente de todo tipo. Do visionário e empreendedor, aqui representado pelo dono da ferrovia (GABRIELLE FERZETTI), que queria fazer avançar sua obra a todo custo, quando não conseguia comprar as terras a preço bom, mandava matar seus donos. Da bela prostituta (CLAUDIA CARDINALLI), herdeira das terras do marido de ocasião. Do inescrupuloso que vivia a perpetrar o mal (HENRY FONDA), atuando como o braço à margem da lei do magnata da estrada de ferro. Do aproveitador bonachão (JASON ROBARDS – ótimo no papel de CHEYENNE), assassino do coração mole que se apaixonou pela bela dona. E também, do justiceiro vingador (CHARLES BRONSON – o de sempre, impassível feito BRUCE LEE), que não descansa enquanto não vinga a morte do pai, retratada na impagável cena final do duelo, entre ele e HENRY, enxertada com um retorno ao passado, com a morte do pai. LEONE consegue contar essa grande história com habilidade de poucos. Fornece-nos, com clareza, a visão universal do fato histórico em si, tão importante que foi para o desenvolvimento da América, mas ao mesmo tempo a fragmenta nas histórias, tão díspares, de cada um dos personagens, que nos custa a acreditar que elas estão entrelaçadas entre si. Tem que saber saborear esse vinho. Algumas curiosidades sobre esta produção. HENRY FONDA não queria participar, já que sabia que o papel havia sido feito para CLINT EASTWOOD. Foi preciso o próprio LEONE ir até LOS ANGELES para convencê-lo. O diretor cogitava juntar CLINT EASTWOOD, LEE VAN CLEEF e ELI WALACH, o trio de “TRÊS HOMENS EM CONFLITO”, para uma participação especial no início do filme (provavelmente para fazer a clássica tomada da estação, mas CLINT não estava disponível). ALL MULLOCK, um dos pistoleiros que fez a seqüência (o que estalava os dedos) suicidou-se no set. Ao ser perguntado sobre o ritmo lento do filme, LEONE teria afirmado que fez de propósito, era a reprodução de uma morte lenta. As cenas externas foram filmadas em MONUMENT VALLEY (EUA) e ALMERIA (ESPANHA) e as internas nos estúdios da CINECITTÁ em ROMA. O filme foi uma imposição da PARAMOUNT, já que ele não queria fazer naquele ano. Acabou sendo um fracasso de bilheteria na época, e só depois se recuperou. A trilha sonora foi assinada por outro gênio, ENNIO MORRICONE, e é um caso a parte. Belíssima.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

"king & darabont"

alguém já viu?
essa dupla vem dando certo, merece crédito.
o nevoeiro]
Os minutos finais do último filme de Frank Darabont são de um efeito avassalador. Fazia tempo que Stephen King não chegava tão forte ao cinema. O Nevoeiro é o terceiro longa (há um curta também) em que Daranbont vasculha o universo perturbado do escritor. O orçamento barato - o filme não parece ter vergonha disso - garantiu efeitos visuais de segundo escalão, mas mesmo que estejamos diante de um filme de ficção científica ou de terror, não é o visual o que mais importa. O Nevoeiro é um daqueles estudos do comportamento humano num ambiente de desespero.
Parece meio óbvio porque a gente já viu filmes - ou livros ou que quer que seja - com esta temática aos montes, mas Daranbont soube desenhar com destreza o precipício interno de cada uma das pessoas que Stephen King deixou presas num supermercado cercado por uma névoa que guarda o desconhecido. É neste ambiente onde se volta a um estado primário, onde surgem a política, a organização social e Deus. E ao momento em que se estabelece papéis. Quase que como em Lost, surgem, entre outros, um líder inesperado (Thomas Jane, bastante crível), uma primeira-dama forte (Laurie Holden, correta) e um oráculo (Marcia Gay Harden, deslumbrante, um de seus grande papéis).
Todos submersos naquela que é a soma de todos os nossos medos: o que se pode fazer diante da ameaça do desconhecido? Quando o máximo que você consegue é eleger seu parceiro um inimigo num movimento de auto-defesa, não se pode cobrar um final muito feliz.
O Nevoeiro de Frank DaranbontThe Mist, EUA, 2007. Roteiro: Frank Daranbont, baseado na novela de Stephen King. Fotografia: Ronn Schmidt. Montagem: Hunter M. Via. Desenho de Produção: Gregory Melton. Música: Mark Isham. Figurinos: Giovanna Ottobre-Melton. Produção: Frank Daranbont e Liz Glotzer.
Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Harden, Laurie Holden, Nathan Gamble, Toby Jones, Jeffrey DeMunn, Frances Sternhagen, Andre Braugher, William Sadler, Alexa Davalos.
no próximo capítulo: Margot e o Casamento, de Noah Baumbach
posted by Chico Fireman at 02:13:29 14 comentários-->

segunda-feira, 5 de maio de 2008

É CAMPEÃO! - Dupla felicidade



Ontem, foi um dia especialíssimo para nós que temos o privilégio de torcer por dois gigantes do futebol brasileiro. O CSA retoma, e o FLAMENGO mantém a rotina de papões de títulos. Ambos os títulos, históricos e de fundamental importância. No plano local, o AZULÃO há muito estava devendo, inclusive com a fatídica queda para a segunda divisão. Este ano, montou um time competitivo, mesclando experiência - e qualidade, de jogadores como JEAN CARLO, SERGINHO, DELEU, MATHEUS e GIL BAIANO, com a juventude - e a raça, de valores menos conhecidos, mas que se encaixaram bem no time, como os zaguiros JUNIOR e FÁBIO LIMA. PAULINHO MACAÍBA, MARCIANO e RICARDO MIRANDA foram coadjuvantes importantes. O time sobrou na reta final do campeonato e só não ganhou de novo ontem porque a zaga e o goleiro vacilaram nos dois gols. Jogou melhor, mesmo sem brilhantismo e merecia ter ganho. No MARACA foi um jogo daqueles de explodir coração, digno dos melhores dias do MENGÃO. Nem o frangaço do BRUNO conseguiu prostar o time. O que se viu no segundo tempo foi pura magia. A maneirice do OBINA no primeiro gol, na cabeçada que só jogadores como ele podem acertar. Na penetração cheia de ginga e habilidade de JUAN, no segundo gol, pela beirada do campo, o passe perfeito, e a batida seca, firme do TARDELLI. O terceiro gol, então, foi uma aula de futebol. Um manual de como se efetivar um contra-ataque fulminante, com a bola vindo de pé em pé, ANGELIN, KLEBERSON, a metida para a corrida do TARDELLI, que jogou a bola na frente e disparou, com passadas largas, mas rápidas, e deu um passe preciso para a conclusão de OBINA, que chegava pelo meio da área, feito um foguete, bola rasteira no cantinho esquerdo. O MENGÃO conquista o seu trigésimo título e entra para uma seleta galeria, da qual o AZULÃO já faz parte desde 1991, dos clubes que atingiram esta marca: ABC (50), BAHIA (43), PAISSANDU (42), REMO (41), NACIONAL-AM (40), ATLÉTICO-MG(39), INTER-RS (38), SPORT, FORTALEZA e CSA (37), RIO BRANCO-ES, CRUZEIRO e GREMIO (35), CEARÁ (34), CORITIBA (33), SERGIPE (32), FLAMENGO e FLUMINENSE (30). Observem que grandes clubes estão fora, como SÃO PAULO e PALMEIRAS, por exemplo. ~
Algumas curiosidades sobre esses títulos:
1 - Não encontrei registros confiáveis, mas, ao que tudo indica, foi a primeira vez que CSA e FLAMENGO foram campeões no mesmo dia e horário. Eles que conquistaram concomitantemente 11 títulos: 1942, 1944, 1955, 1963, 1965, 1974, 1981, 1991, 1996, 1999 e 2008.
2 - No título de número 37, 3+7=10. 10 é o número da camisa de JEAN CARLO, autor do gol do título, que está por completar 37 anos.
3 - OBINA entrou com a camisa 18. 8-1=7. 7 era o número da camisa do IBSON, que foi substituído por ele.
4 - TARDELLI entrou com a camisa 17. 7-1=6. 6 é o número da camisa do JUAN, que deu o passe para ele fazer o segundo gol.
5 - Há semelhança nos "designs" das duas taças. São muito parecidas, tendo a bola como foco.
No mais, vale ressaltar a grande presença de público no dois estádios (11.000 no REI PELÉ e 70.000 no MARACA) As duas torcidas deram um show à parte. Temos mais é que comemorar. Valeu AZULÃO! Valeu MENGÃO!

domingo, 4 de maio de 2008

"babel"

quem viu? gostaria da opinião de vocês.
gostei, é bom. não botava fé quando via o making off(que evito assistir por ser um massacre,
os tele cines repetem muito e acaba cansando), as cenas, aquela pobreza, a miséria, eu imagi-
nava que fosse no irã, iraque, afeganistão, praquele fim de mundo; drama de guerra ou histo-
rinha romantica tendo a guerra como pano de fundo.
é no marrocos, o que não muda muito e não há guerra. embora haja, sempre há, principalmente
quando o americano tá no meio. acharam logo que foi terrorismo, aí vem o lado político, o rolo;
sei que a cate(maior atriz viva, ao lado de meryl streep) quase morre.
brad pitt é bom ator, vem mostrando desde o começo. tirando "thelma e luise", onde só entrou
com a chibata feito carroçeiro, desde "kalifórnia", por exemplo, sempre teve atuações convincentes, algumas impagáveis, cômicas, como em "amor à queima roupa", em que passa o tempo todo puxando e cheirando, em todas as cenas e "onze homens e um segredo"(aquela bosta), em que passa o filme todo comendo, em todas as cenas aparece comendo, sanduíche,
pastel, o caráio de asa. acho que é cool(seja o que porra isso represente) como steve mcqueen
cultuado até hoje exatamente por isso. e é por isso que ele é melhor do que cruise, que não é
mal. ele não se preocupa em sair bem na foto.
o alejandro gonzalez inarritu eu conheci em "amores brutos", excelente, muito superior a este.
"21 gramas" não vi, não gostei e nem gosto de quem viu. não pelo meu lance de coração mas -
como já falei reiteradas vêzes - pelo sean penn, intragável(1). é bom diretor. a fôrma, o modêlo
é bom, dos 3 filmes, mas tá na hora dele se cuidar prá não se repetir. vamos ver quando ele fizer
um filme só, inteiro.
o guillermo arriaga é excelente roteirista e acho que não pode existir bom filme sem um bom
roteiro, mas devo estar ficando velho(59 ontem)e passei a reparar nessas coisas: dois tremendos
furos: - qual o destino de youssef, da família marroquina, afinal sem o tiro do sacana bom de
pontaria, nada teria acontecido? - e o santiago, ou arri,que fim levou, sumiu, tomou doril? vai ti
fudê! contar uma história bem contada já é difícil, imagine quatro, tudo junto e ao mesmo tempo.
sem falar no cúmulo do inverossímel:como os pais, um casal(branco, americano, bem sucedido((
presume-se,lá só tem empregada quem tem))larga os filhos com a secretária e vai discutir a
porra da relação no marrocos? sai daí!
chico.

(1) esta semana revi "pagamento final" pela décima vez e verei toda vez que passar. ainda bem
que eles repetem muito. de palma em grande forma, pacino impecável(até quando ele está frio,
calmo - o que em se tratando dele é quase impossível - a gente vê a adrenalina correndo solta,
saindo na sua expiração, no olhar) e o porra do sean está ótimo como o asqueroso advogado
judeu. deve ser por conta da peruca de cabelo encaracolado e os óculos de gráu. outra pessoa.

p.s. - sim, voltando à torre, e a "puliça"? igual em todo o mundo, incopetente, já ridicularizada
por hollywood em inúmeros filmes. igual a de são paulo, que presume-se seja a melhor do país
e só isolou a cena do crime 3 dias depois. né foda?