segunda-feira, 30 de agosto de 2010

De: Chico Dias Cardoso Filho
Data: 29 de agosto de 2010 08:30
Assunto: Fwd: "registros históricos do cinema"
Para: Chico Dias Cardoso Filho



meninada: este foi o primeiro.
vamos às correções:
-4 - é claro que é audrey.
-7 - faltou o l de marlon.
e o correto é reticências.

ki passatempo bom da porra.
chico.
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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Chico Dias Cardoso Filho
Data: 27 de agosto de 2010 08:31
Assunto: "registros históricos do cinema"
Para: Roberto Besouchet Malta , José Carlos Cardoso



bob: majudaki, gosto muito desse site widelec(russo ou ucraniano), mas ele não legenda/identifica as fotos; como achei interessante estas, saí dando nome aos bois;
confira aí e complete as reticcencia, ok? é que quero postar no cine brasil.
abç.
chico.

zé: tava anexando(faltam mais de 20 ainda), vi que o desse tava com um s só, vim, pus o outro e ao voltar para "anexar outro arquivo", não vai de jeito nenhum. e aí?





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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"o velho e o novo - photoshopp"

como voces já sabem:
1-brad pitt e elizabeth taylor
2-leonardo de caprio e carmem miranda
3-george clooney e grace kellly
4-clark gable e natalie portman
5-scarlet johanson e burt lancaster
6-lauren baccal e o carinha de "crepúsculo"esqueço o nome, quando minha filha chegar da escola, pergnto.
7-angelina jolie e elvis presley
8-clark gable(sem bigode, é) e madona
9-claudia schiffer e peter sellers
10-robert downey junior e joan crawford.

interessante a tecnologia, né. é, mas no ig onde achei esta pérola, há dois erros:
na 5 - eles listam s.j e carry grant.
e na 8-james stewart e madona.
ou seja, ainda tem vaga prá mim por aí, mesmo nesse mundo digital.
chico.


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Chico Dias Cardoso Filho
Data: 23 de agosto de 2010 16:54
Assunto: Fwd: "o velho e o novo"
P





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"dogville"

vez em quando passa, eu espiava e saía, nunca botei fé por ser feito num palco.
ontem encarei, após a volta da energia, meia-noite, já tinha começado e devo ter visto no máximo uma duas horas de seus 177 minutos. gostei do que vi.
prá quem é apressado, chega a achar certos filmes arrastados, outros longos demais
e ainda classifica filmes por gênero, é melhor não se aventurar.
não estudei cinema nem tenho cacife prá discutir com o ótimo daniel aí embaixo,
nem entraria em discussões técnicas, tecnicismo, mas o diretor é bom, cresceu um
bocado e fez um grande filme. o ser humano é uma fonte inesgotável de pobreza/
fraqueza, preconceito, hipocrisia, e é disso que o filme trata, aí parece um "policial" sem tiros ou explosões mas cheio de suspense, revolta nossa, espectador.
nicole kidman, apesar de linda, mostra de novo ser uma grande atriz e o elenco de apoio é perfeito, incluindo o stelann skaasgard, não citado pelo cobra aí.
vai se arriscar? comente, então.
chico.



A VOZ DA CONSCIÊNCIA

Por DANIEL SCHENKER WAJNBERG
27/1/2004

As primeiras imagens de Dogville , captadas por uma câmera trêmula e “imprecisa” que pode gerar uma sensação de claustrofobia no espectador, remetem à desestabilização apresentada por Lars Von Trier em filmes como Os Idiotas e Ondas Do Destino . No entanto, este desconforto é minimizado no decorrer da projeção. Ainda que permaneça certa estranheza pelo fato de toda a ação se passar em cima de um palco, o cineasta confirma o seu momento de aquietação.

Assim como Dançando No Escuro , Dogville não representa uma ameaça à segurança do público. Em ambos os trabalhos (principalmente, no filme protagonizado por Bjork), Trier abre margem para leituras ligadas ao contexto externo, menos custosas do que as direcionadas para as mazelas humanas. Primeira parte de uma trilogia intitulada América , Dogville segue o recurso de falar da atualidade (“O país todo se sairia melhor se houvesse mais aceitação”, afirmam) através de um distanciamento temporal. Se por um lado seria injusto dizer que a produção se esgota em sua natureza política, por outro o objetivo final não parece estar na complexidade dos personagens, como aconteceu em Os Idiotas , que, ao mostrar as dificuldades enfrentadas pelos componentes de uma comunidade para manter um posicionamento de agressiva alienação diante do mundo, não privilegiava a oposição de poucos frente ao esquema social e sim a agonia destes ao perceberem que dificilmente conseguiriam sustentar uma proposta tão radical, por mais fervorosa que fosse a crença envolvida, para além da fronteira da lógica interna do grupo.

Ao procurar um novo equilíbrio, valorizando mais os feitos exteriores do que as repercussões internas causadas por eles, Lars Von Trier perdeu a perfeita noção da forma como consequência do conteúdo. Mesmo que repleto de qualidades, Dogville não traz justificadas todas as opções de seu realizador. Ao ambientar o filme em cima de um palco, Trier não assume uma teatralidade e nem busca um contraste entre a aridez cênica e os recursos cinematográficos. Sua intenção em não fornecer a geografia convencional de uma pequena e esquecida cidade parece se resumir à preocupação de estabelecer um código de convenções com o espectador, sempre necessário quando se está diante de um espetáculo teatral, e de quebrar com a realidade fornecida pelo cinema. É como se trocasse a artificialidade do real por uma artificialidade assumida.

Há uma ponte evidente com as limitações libertadoras pregadas no manifesto Dogma 95, que aproximavam o cinema do teatro centrando o acontecimento artístico na figura do ator. Mas sem a mesma precisão. O cineasta evoca o cinema nas tomadas panorâmicas e na presença de carros sobre o palco (ainda que eles já tenham aparecido em algumas montagens) e o teatro na cenografia, no close nos rostos dos atores e em ocasionais marcações assumidas (mas longe da aridez de A Eternidade E Um Dia , de Theo Angelopoulos); contudo, suas motivações deixam a impressão de derivarem de escolhas de ordem estética e a gramática de cada manifestação não é aproveitada nas suas possibilidades, a exemplo da iluminação que, a não ser em poucas passagens (como a entrada da Grace interpretada por Nicole Kidman) nas quais atinge alguma significação maior, fica restrita à função de demarcar gradações diferentes entre a rua e o interior das habitações e de sinalizar dia e noite.

A rigor, Lars Von Trier só revela uma inquietação “preenchida” no modo como sua câmera se aproxima dos personagens/atores, como que procurando anunciar um descompasso entre rostos e corações e, consequentemente, a pouca admiração do diretor em relação ao ser humano. “Esta cidade apodreceu – e de dentro para fora”, anunciam, num determinado momento.

Ao se deparar com figuras mergulhadas na penumbra, Grace fica perplexa ao abrir uma cortina. Se seus esforços em trazer os moradores de Dogville à luz da verdade se frustram, isto se dá em virtude de todos, inclusive ela, serem ignorantes em relação a si mesmos e estarem comprometidos com o mecanismo da loucura, preocupados tão-somente em suas defesas pessoais e, por conseguinte, “afastados, cada vez mais, da própria consciência” – a narração, a cargo de John Hurt, assume a perspectiva da voz de consciências defendidas.

Não por acaso, a consciência é trabalhada durante boa parte da projeção de Dogville como um estado de despertar superficial, como o de Grace ao acordar na carroça ainda atada a um otimismo fanático resultante de uma condescendência pré-fabricada e de uma necessidade de ser salva. Lars Von Trier intenta se utilizar desta esfera propositadamente pouco profunda ao invés de se deixar levar por ela mas é fato que, desde Dançando No Escuro , passou a se valer da mais gritante manipulação emocional como arma intelectual na sensibilização de espectadores protegidos por hábito dos golpes melodramáticos da indústria cinematográfica. O desejo de manipular ferramentas na tentativa de adquirir poder sobre o espectador fez com que Trier perdesse a mestria em, como diz Tom Edison Jr. (Paul Bettany), “ver através”, trocando a transcendência pela encenação dela. Interessante notar, as palavras foram colocadas na boca de um personagem com dificuldade de assumir seus atos, algo que talvez expresse um pouco da indefinição de Dogville .

Sem investir numa abordagem psicanalítica, o diretor, ao contrário, escolhe um desfecho que, de certo modo, leva o espectador a se sentir vingado por se ver diante de uma protagonista capaz de ostentar seu poder diante do mundo ao invés de se conformar com a idéia de que deve tratar de mudar a si mesma e não esperar que tudo ao redor se modifique em virtude de sua vontade ou de seu justo rancor. Lars Von Trier, porém, incorre num certo moralismo ao tornar criminosa a raiva de sua personagem e, paradoxalmente, estimula a perversão da platéia ao forçar uma adesão entre o público e Grace, a nova heroína da vitrine de seu cinema. Mas, manobras à parte, o diretor deixa espaço para o público descascar a docilidade perversa de Dogville e, novamente como Grace, “ver por um outro ângulo”.

Esta possibilidade não é suplantada por uma narração – em que pese o seu teor descritivo e a sua ambição hipnótica (já buscada em Europa , via a entonação de Max Von Sydow) – que contribui para a criação de um tom fabular cada vez mais contrastante à medida que o filme avança. O trabalho com os atores também parece ter sido direcionado nesse sentido e a voz melodiosa e monocórdia de Nicole Kidman só contrasta com o texto da parte final. Dona de uma personagem previsível, calcada na camuflagem de um alto grau de agressividade por trás de uma civilidade apenas aparente, Patricia Clarkson é o grande destaque de um elenco estelar que conta com as presenças de, entre outros, Lauren Bacall, Harriet Andersson, Ben Gazarra, Chloe Sevigny e Paul Bettany (bem, em especial na construção dos constantes atos falhos de Tom Edison Jr.).

# DOGVILLE (Dogville)
Dinamarca/Suécia/França/Noruega/Holanda/Finlândia/Alemanha/Itália/Japão/Estados Unidos/Inglaterra, 2003
Direção e roteiro: LARS VON TRIER
Produção: VIBEKE WINDELOV
Fotografia: ANTHONY DOD MANTLE
Elenco: NICOLE KIDMAN, PAUL BETTANY, PATRICIA CLARKSON, LAUREN BACALL, HARRIET ANDERSON, BEN GAZARRA
Duração: 177 minutos



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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"flame & citron"

guerra crua. dois caba de cunhão. bota quiba nisso.
segunda guerra mundial, dinamarca anexada e há o colaboracionismo de alguns e uma
resistencia ferrenha "pela pátria", bem diferente da badalada resistencia francesa,
aquela merda. nada de exército nem grupo, são dois assassinos frios a executar os nazi da gestapo. dá gosto de ver. quem faz o citron é aquele mads middelsen, o vilão
do penultimo 007(o da eva grenn, esqueço o nome), excelente ator. o resto não conheço, mas o lourinho que faz o flame é tão bom quanto.
curiosidade: a barbara(brocolli, aquela minha amiga que produz os 007) pescou dois atores deste filme, o mads e outro que não identifiquei o nome(que faz o papel do pai de flame e só aparece em uma cena) que faz o vilão-mor, winter um velho branco que mata a green e o james só o pega no final, em sua mansão nos lagos suiços e pronuncia seu chachá verbal "my name is bond, james bond", antes de detoná-lo.
guera é guerra.
agora ninguém fala nada, não posta, nem comenta. aí é foda.
chico.



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Título: Flame & Citron - Os Resistentes Título Original: Flammen & Citronen
Poster de «Flame & Citron - Os Resistentes»
Blogar Filme

Classificação:M16
País:

* Dinamarca

Ano: 2008
Género:

* Thriller

Duração: 130m

Sessões

Trailer Trailer

Meo Disponível no meo Videoclube

Site Consultar Site Oficial
Ficha Técnica

*
Realização:
o
Nome: Ole Christian Madsen

*
Interpretação:
o
Nome: Mads Mikkelsen
País:

Dinamarca

Nasceu a: 22-11-1965

biografia
o
Nome: Peter Mygind

o
Nome: Stine Stengade

o
Nome: Thure Lindhardt

*
Argumento:
o
Nome: Ole Christian Madsen

Sinopse

A história de dois heróis da resistência dinamarquesa à ocupação Nazi. Flammen e Citronen são os nomes de código de dois assassinos dinamarqueses incumbidos de matar todos aqueles que colaboram com o exército alemão. Recebem as ordens dum homem que diz ter o apoio de Inglaterra, mas a conspiração vai mais longe do que os dois possam imaginar.

domingo, 8 de agosto de 2010

"inimigo público nº 1 - 1 e 2"

como criticar, bater, saber bater é minha maior virtude e me estimla, ponho essa resenha aí desse renato, tremenda bola-fora. veja o fechamento. falso moralismo: tem que ter feito algo de extraordinário para merecer dois filmes!? vai dá, porra. o
cara era um criminoso e pronto. ponto. raça que mais tem no planeta terra, no mundo todo, no brasil, em brasilia.
é o dillinger da frança, inclusive tem um filme americano com este nome, dos anos 70, com warren oates no papel título. vi recentemente este novo com depp como dill. e bale como o agente do fbi, não gostei, achei fraco.
este, não. é do caralho. como não estava ligado, só vi menos da metade final do primeiro(o cult exibiu os dois juntos, em seguida). o segundo vi todo e gostei muito. o cassel tá impressionante, assustador, botando carga máxima e cunhão no mesrine, que não tem medo de nada, rouba banco como se tivesse entrando no cinema
e mata policial como se fosse mosca. inda(de ainda) tem umas tiradas da porra: perguntado pela paris match(é... ele era famaoso, uma lenda viva, um ícone na frança)
porque ele era assim, declara: "porque nunca estive afim de ser escravo do despertador, trabalhar para enricar o sistema, ver uma coisa linda numa vitrine que
eu quero e só poder comprar daqui a 10 meses". ele manda ver, detona o tempo todo
e é campeão de fugas. só gosta de champanhe e mulher bonita. é o cara.
seu contraponto que eu diria contra-peso é mathieu amalric(?) o vilão que elevou o último 007 à décima potencia. se abra com a cena em que jacques(o mesrine) puxa conversa com ele na quadra de levar sol na prisão e se aproxima, este logo se acocora por ser um tampinha e o j.m um gigante alto prá porra, forte prá caralho e
com uma barriga maior do que a do ráu.
é um vidão, sem monotomia, muita aventura, muitas vitórias, mas que - se sabe - não pode terminar bem.
esqueçam scorcese, de niro, nada a ver, a forte interpetação do cassel é sua, única, marcante e essas bobagens desse cara, vejam e retornem.
chico.





Inimigo Público Nº 1 - Instinto de Morte
por RENATO SILVEIRA em 7/27/2009 01:08:00 PM
27Jul


Raro exemplar de filme policial voltado para o circuito alternativo, “Inimigo Público Número 1 – Instinto de Morte” provavelmente foi feito com a intenção de atingir uma platéia mais ampla, mas acaba que, fora da Europa, a produção ficará restrita a poucas salas. Na verdade, não passa de um filme de gângster comercial com embalagem de perfume francês.

A influência do cinema de Martin Scorsese é evidente, tanto que em certos momentos Vincent Cassel parece encarnar o Robert De Niro de "Os Bons Companheiros". Além disso, o diretor Jean-François Richet (cujo trabalho anterior é a competente refilmagem de “Assalto à 13ª D.P.”) tenta fazer planos muito parecidos com o estilo de Scorsese – vindo com a câmera de longe até o rosto de um ator e depois virando para seu ponto de vista, sem falar no uso de travelling e tracking shots – mas sem alcançar a mesma qualidade do mestre americano. É uma pena que o estilo de Richet adote tom reverencial, já que a sequência inicial, com a tela dividida em múltiplos reflexos pelo montador de Jean-Pierre Jeunet, Hervé Schneid, anuncia algo mais inspirado do que realmente é.

O filme melhora depois que Jacques Mesrine, o protagonista, é levado para uma prisão de segurança máxima e traça seu plano de fuga. Antes disso, Richet adota um tom episódico que resulta numa narrativa inconstante. Ele e o co-roteirista Abdel Raouf Dafri (que adaptaram a autobiografia de Mesrine) omitem certas passagens do tempo com o aparente propósito de acreditar que o espectador entenderá o que se passa. É claro que ele vai entender, mas de uma forma forçada, tendo que imaginar o que aconteceu com a primeira esposa de Mesrine, por exemplo, já que o filme não fornece nenhuma informação. Faltou inteligência nas elipses.

Além disso, durante a maior parte de sua duração, “Instinto de Morte” se concentra apenas em mostrar que Mesrine é um canalha que bate em mulher, despreza os pais e não tem força de vontade para enxergar outras perspectivas para sua vida ao menor sinal de dificuldade.

Fica difícil gostar de um personagem assim, que é simplesmente mau. Scarface, Hannibal Lecter, Don Corleone são todos caras maus, mas eles, primeiro, são sujeitos inteligentes e ardilosos; e segundo, possuem um carisma que faz você gostar deles. Por sua vez, Jacques Mesrine é retratado apenas como um bandido perigoso e nada mais. É justamente o contrário do que acontece com o também personagem da vida real John Dillinger, no filme de título parecido, “Inimigos Públicos”. Neste, o criminoso é aquele com quem a platéia se identifica.

Somente depois que Mesrine é preso e torturado é que você passa para o lado dele e torce para que fuja da prisão e consiga soltar os outros presos (e olha que o plano de fuga nem é tão brilhante assim, e só serve para mostrar o quanto aquela prisão era falha). Nessa parte do filme, Richet concentra a ação em um só episódio, e talvez por isso o filme cresça, pois finalmente encontra tempo para se desenvolver. E há de se dar o mérito a Richet pela filmagem do tiroteio, que chega a lembrar, não tão de perto, um Michael Mann – e isso já é um puta elogio.

Fica a expectativa de que a segunda parte de “Inimigo Público Nº 1” realmente faça jus ao projeto, porque Jacques Mesrine tem que ter feito algo realmente extraordinário em sua vida para que ela mereça dois filmes.