domingo, 5 de abril de 2009
OS SENHORES DA GUERRA - A luta, como sina.
Acabei de ver no TELECINE PREMIUM. Não confundam com RAN, o clássico de AKIRA KUROSSAWA, que no BRASIL, teve o mesmo nome. Este, é mais um épico do cinema chinês, no nível dos melhores filmes do gênero, de diretores mais famosos que PETER CHAN. Aqui, ele não se furta a venerar seu mestre ZHANG YIMOU ("HERÓI", "O CLÃ DAS ADAGAS VOADORAS", que também conduziu a abertura dos jogos de PEQUIM). O filme conta a história de três soldados que, após verem sua vila ser tomada pelo exército imperial, fazem um pacto de sangue e criam uma fraternidade. Juntos, acompanhados por fiéis seguidores, partem para a guerra, não apenas em busca de revanche, mas também com o objetivo de acabar com a opressão aos mais pobres. Vencedores em inúmeras batalhas, tornam-se famosos, e são reconhecidos pela corte imperial como verdadeiras máquinas de guerra. Recebem ajuda oficial e acabam por unificar a chamada DINASTIA CHANG, período nebuloso da história chinesa, tanto pela falta de informações precisas (muita lenda), quanto pela crueldade de seus procedimentos. Mas, há também uma guerra interna na fraternidade. Habilidoso estrategista militar, JET LI, é também um visionário, de mente mais aberta que seus irmãos de sangue. Enquanto os outros dois permanecem os guerreiros de sempre, ele postula uma conquista mais perene: Um cargo na política, para que possa, enfim, terminar seus dias em paz, e bem acompanhado. Toma a mulher (a belíssima JU XINQLEI) de um dos irmãos (ANDY LAU), a quem manda matar. O terceiro irmão, TAKESHI KANESHIRO (é japonês, mesmo), por vingança, mata a moça e o o irmão traidor (da fraternidade), impedindo que ele assumisse o governo de uma das provincias, no dia da posse. Vale a pena. Pela direção segura de CHAN, com suas tomadas perfeitas, com a câmera, ora estática, ora levemente móvel. Pela história, de ação e drama. Pelas atuações acima da média dos atores principais (inclusive JET LI). E, também, pela grandiloquencia da trilha sonora, digna de HOLYWOOD. Em 2007, ganhou o prêmio de melhor filme chinês, melhor direção e melhor ator (para JET), além de ter sido o filme mais assistido do ano.
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