O nome do diretor é Vicente Amorim, filho de diplomatas - acho que brasileiros. Nasceu no meidomundo. No Brasil, foi assistente de direção. E dirigiu um monte de comerciais. E um longa nacional. E alguns curtas. Aí fez esse, produção britânica e alemã.
Bom.
Tem o senhor dos anéis (Viggo Mort.../ trabalhou bem no novo Psicose, num foi?)como protagonista. Nesse filme, ele tem um anel também, só que da SS, de capitão puxa-saco. O titulo do filme (e a versão "um homem bom") faz referência ao caráter do cara. A estoria do filme acaba provando que caráter não é tudo (mas é essencial, não confundam). Tem que ter personalidade. Ele não tem. Então, não devia ser chamado de bom, como o Flamengo, que não tem caráter, mas tem personalidade. Na verdade, so o Pai é bom, disse Jesus, que renegou esse título; logo ele, bom todo.
Rapaz, no filme o cara se deixa levar por uma estudante nazista, por quem deixa a mulher neurótica, e se entrega ao bem-bom da corte do bigodinho. Quando vem descobrir que deveria agir como homem é tarde demais. Logo ele, que vive sonhando acordado com pessoas cantando e tocando em toda parte, sem que elas sequer abram a boca. Quando, tentando salvar um amigo num campo de concentração, ele vê uma banda de judeus maltrapilhos tocando, pensa que é um dos seus devaneios. Pisca os olhos, se belisca. Não é. "É real", diz ele. É o fim.
Depois disso, fora do filme, vieram os russos e os americanos e nos salvaram do grande mal. E viva a segunda guerra, que nos salvou da grande crise, ja disse Lula, o historiador.
O destaque não é o senhor dos anéis, mas o Lucius Malfoy, aquele bruxo do Harry Potter (Jason Isaacs). Interpreta um psiquiatra judeu amigo do Viggo. Fez Harry Potter e outros filmes. Muito bom ator britânico, que matou o coringa antes de ele morrer de overdose, naquele filme "O patriota". Nesse, o coringa faz o papel de filho do Mel Gibson, que tenta louvar a independencia americana, australiano que é, sem moral, porque a Austrália não tem chefe de Estado. É a rainha da Inglaterra. Um chiqueiro bonito.
Esse Isaacs é judeu, pelo nome e pelos olhos, azuis iguais a todos os iguais. Deveriam ter se tornado menos racistas, depois do absurdo praticado por Hitler (bem comprovado no filme) e depois do fim da diáspora. Não foi assim. Hoje, patrocinam a segregação e o racismo, a começar pelo que consideram seu quintal, a palestina.
O filme é bom.
Zé Carlos - Cinebrasil
sábado, 9 de maio de 2009
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