domingo, 8 de agosto de 2010

"inimigo público nº 1 - 1 e 2"

como criticar, bater, saber bater é minha maior virtude e me estimla, ponho essa resenha aí desse renato, tremenda bola-fora. veja o fechamento. falso moralismo: tem que ter feito algo de extraordinário para merecer dois filmes!? vai dá, porra. o
cara era um criminoso e pronto. ponto. raça que mais tem no planeta terra, no mundo todo, no brasil, em brasilia.
é o dillinger da frança, inclusive tem um filme americano com este nome, dos anos 70, com warren oates no papel título. vi recentemente este novo com depp como dill. e bale como o agente do fbi, não gostei, achei fraco.
este, não. é do caralho. como não estava ligado, só vi menos da metade final do primeiro(o cult exibiu os dois juntos, em seguida). o segundo vi todo e gostei muito. o cassel tá impressionante, assustador, botando carga máxima e cunhão no mesrine, que não tem medo de nada, rouba banco como se tivesse entrando no cinema
e mata policial como se fosse mosca. inda(de ainda) tem umas tiradas da porra: perguntado pela paris match(é... ele era famaoso, uma lenda viva, um ícone na frança)
porque ele era assim, declara: "porque nunca estive afim de ser escravo do despertador, trabalhar para enricar o sistema, ver uma coisa linda numa vitrine que
eu quero e só poder comprar daqui a 10 meses". ele manda ver, detona o tempo todo
e é campeão de fugas. só gosta de champanhe e mulher bonita. é o cara.
seu contraponto que eu diria contra-peso é mathieu amalric(?) o vilão que elevou o último 007 à décima potencia. se abra com a cena em que jacques(o mesrine) puxa conversa com ele na quadra de levar sol na prisão e se aproxima, este logo se acocora por ser um tampinha e o j.m um gigante alto prá porra, forte prá caralho e
com uma barriga maior do que a do ráu.
é um vidão, sem monotomia, muita aventura, muitas vitórias, mas que - se sabe - não pode terminar bem.
esqueçam scorcese, de niro, nada a ver, a forte interpetação do cassel é sua, única, marcante e essas bobagens desse cara, vejam e retornem.
chico.





Inimigo Público Nº 1 - Instinto de Morte
por RENATO SILVEIRA em 7/27/2009 01:08:00 PM
27Jul


Raro exemplar de filme policial voltado para o circuito alternativo, “Inimigo Público Número 1 – Instinto de Morte” provavelmente foi feito com a intenção de atingir uma platéia mais ampla, mas acaba que, fora da Europa, a produção ficará restrita a poucas salas. Na verdade, não passa de um filme de gângster comercial com embalagem de perfume francês.

A influência do cinema de Martin Scorsese é evidente, tanto que em certos momentos Vincent Cassel parece encarnar o Robert De Niro de "Os Bons Companheiros". Além disso, o diretor Jean-François Richet (cujo trabalho anterior é a competente refilmagem de “Assalto à 13ª D.P.”) tenta fazer planos muito parecidos com o estilo de Scorsese – vindo com a câmera de longe até o rosto de um ator e depois virando para seu ponto de vista, sem falar no uso de travelling e tracking shots – mas sem alcançar a mesma qualidade do mestre americano. É uma pena que o estilo de Richet adote tom reverencial, já que a sequência inicial, com a tela dividida em múltiplos reflexos pelo montador de Jean-Pierre Jeunet, Hervé Schneid, anuncia algo mais inspirado do que realmente é.

O filme melhora depois que Jacques Mesrine, o protagonista, é levado para uma prisão de segurança máxima e traça seu plano de fuga. Antes disso, Richet adota um tom episódico que resulta numa narrativa inconstante. Ele e o co-roteirista Abdel Raouf Dafri (que adaptaram a autobiografia de Mesrine) omitem certas passagens do tempo com o aparente propósito de acreditar que o espectador entenderá o que se passa. É claro que ele vai entender, mas de uma forma forçada, tendo que imaginar o que aconteceu com a primeira esposa de Mesrine, por exemplo, já que o filme não fornece nenhuma informação. Faltou inteligência nas elipses.

Além disso, durante a maior parte de sua duração, “Instinto de Morte” se concentra apenas em mostrar que Mesrine é um canalha que bate em mulher, despreza os pais e não tem força de vontade para enxergar outras perspectivas para sua vida ao menor sinal de dificuldade.

Fica difícil gostar de um personagem assim, que é simplesmente mau. Scarface, Hannibal Lecter, Don Corleone são todos caras maus, mas eles, primeiro, são sujeitos inteligentes e ardilosos; e segundo, possuem um carisma que faz você gostar deles. Por sua vez, Jacques Mesrine é retratado apenas como um bandido perigoso e nada mais. É justamente o contrário do que acontece com o também personagem da vida real John Dillinger, no filme de título parecido, “Inimigos Públicos”. Neste, o criminoso é aquele com quem a platéia se identifica.

Somente depois que Mesrine é preso e torturado é que você passa para o lado dele e torce para que fuja da prisão e consiga soltar os outros presos (e olha que o plano de fuga nem é tão brilhante assim, e só serve para mostrar o quanto aquela prisão era falha). Nessa parte do filme, Richet concentra a ação em um só episódio, e talvez por isso o filme cresça, pois finalmente encontra tempo para se desenvolver. E há de se dar o mérito a Richet pela filmagem do tiroteio, que chega a lembrar, não tão de perto, um Michael Mann – e isso já é um puta elogio.

Fica a expectativa de que a segunda parte de “Inimigo Público Nº 1” realmente faça jus ao projeto, porque Jacques Mesrine tem que ter feito algo realmente extraordinário em sua vida para que ela mereça dois filmes.

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