sábado, 11 de outubro de 2008

"conduta de risco"

vou dizer o que acho, depois procuro a ficha e mando.
intrigante. é a melhor definição. é um senhor policial, suspense, mistério sem ter um
único tiro. bastante inventivo e inovador, apesar do clichezão que é o mote(ação
contra poderosa industria de agrotóxicos e seu lixo contaminador da água da região)
tratado em "erick b./julia roberts" e "a qualquer preço/travolta", entre outros. a
forma original como o roteiro é desenvolvido é que é a grande jogada e faz dele um
grande filme. é todo cabeça, psicológico. michael clayton/george clooney(supreenden-
temente bem, seu melhor trabalho, contido, fazendo um dos personagens mais solitários
e tristes da história do cinema, comparável apenas ao charles bronson de "the mecanic
/assassino a preço fixo")é o advogado senior da banca de advocacia que tem como o me-
lhor cliente a u-north, a tal industria poluente; é bastante convincente e conhecido
na gíria do meio como faxineiro,só não é sócio da firma porque não quer. o caba é bom, é o tampa, mas como é humano tem problemas como todo mundo, incluindo dívidas,
irmão viciado, etc. entre os tantos casos em que é chamado a intervir(leia-se resol-
ver, visto que empresas/escritórios desse tipo trabalham e só vivem de resultados) o
mais sério e intrigante/apaixonante é o de john(ou seria tom, o personagem de tom wilkinson, grandioso como sempre), advogado tão bom quanto ele, sendo do contencioso
e sócio da firma. ele é um gênio, agora dependente químico e doidão. é uma mão de o-
bra pro clayton. esta primeira metade do filme é muito superior a outra, com o inevi-
tável final de redenção, "feliz", bem hollywoodiano, bem americano. eu faria uma das
duas opções que se desenham, mas não digo agora para não entregar o filme. assistam e
me perguntem. desconfio que rende pelo menos uma grade de antartica.
o diretor, um gilroy, também escreveu, é bom. sidney pollack produziu e mata a pau
como o sócio majoritário, steven soderbergh(que dirigiu o "erick b") co-produziu, clooney é
um dos 3 produtores executivos, ao lado de anthony minghella. ou seja, um monte de
gente boa envolvida no projeto.
chico.
p.s. - o clooney me surpreendeu porque como voces sabem eu sempre achei-o o primo rico do luciano zafir, isto é um bombeiro/frentista, papel aliás da estréia do segun-
do na profissão, na globo; nunca fez nada que preste, mas este desempenho cobre e apaga tudo prá trás. tem uma cena ké pá-si-fudê: ele conversando em silêncio com tres
cavalos, se entendem bem, ele próprio um cavalo. me fêz lembrar do miele(entregador
da porra, de miele & boscoli que produziram o rei por long time) que disse em entrevista na interview que roberto carlos contou-lhe que cartola se enganara,
as rosas falam sim, ele sempre levava um papo com elas. é mole?

Um comentário:

Ráu disse...

O CLONNEY é fraco, mas o filme é muito bom. Vale a pena.