segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"audrey tautou"

gravem este nome, é uma coisa linda a francesinha de chanel curtinho bem preto, assim como os olhos, cheia de vida e um frescor que não encontramos nas estrelas
de hollywood, super maquiadas e artificiais.
o filme é outro sopro. é ótimo vê-la dá uma de deus, interferindo na vida das pes-
soas só para o bem. é caseiro e universal, por isto mesmo. não percam e comentem.
chico.
p.s. -vi ontem/hoje digaonde? cine band clássicos. nuncaperca a esperança.




|| crítica ::.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
(Fabuleux destin d'Amélie Poulain, Le, 2001)

Por Tatiane Crescêncio
11/11/2005
Um filme de narrativa inovadora, com uma belíssima lição de vida. Mais do que recomendado.

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain pode ser considerado como um filme diferente da grande maioria que existe por aí. É muito bom quando temos a oportunidade de assistir a filmes como este, onde o diretor usa uma combinação que ao mesmo tempo é dramática e cômica em uma história simples, mas encantadora.

O filme dirigido por Jean-Pierre Jeunet (Alien - A Ressurreição e Eterno Amor) concorreu ao Oscar de 2002 nas categorias de Melhor Filme de Língua Estrangeira, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Direção de Arte. Entretanto, infelizmente não conseguiu levar nenhum prêmio, embora o filme tivesse um grande potencial para ter ganhado. Vale lembrar que ele concorria em algumas categorias com a obra-prima O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, o que fez de sua tarefa uma missão quase impossível.

Produzido na França, conta a história dramática de Amelie desde a sua infância, que não foi das melhores. Viveu praticamente isolada das pessoas. Seu pai, que era médico, nunca se aproximou de verdade para dar-lhe amor e carinho, só se aproximava quando precisava fazer exames nela. Seu peixinho de estimação tinha crises e tentara o suicídio várias vezes. E para completar, sua mãe teve uma morte trágica e sinceramente muito esquisita. A menina então crescera isolada de outras pessoas e sem amigos para brincar ou se divertir. Agora jovem, trabalha como garçonete e mora em um simples apartamento em Paris. Certo dia encontra uma caixa pessoal em seu apartamento e descobre que esta pertencia a um ex-morador. Depois disso, ela decide encontrar o dono da caixa, por muita sorte, consegue devolver-lhe seu bem precioso. Encantada e ao mesmo tempo comovida com a felicidade do homem, Amelie descobre um novo sentido para sua vida e passa agora a fazer o bem ajudando a todos de todas as formas. Mas, também acaba por descobrir que ainda lhe falta algo que a impede de se sentir feliz ou realizada: um grande amor.

O filme é um primor visual: a fotografia é belíssima, muito bem trabalhada, rica em detalhes e bem colorida. Na realidade é um dos grandes destaques do filme. Tecnicamente, é o mais interessante. Quanto à trilha sonora, pode-se dizer que é muito bem empregada, mesmo que algumas vezes a execução dela seja paralela às falas do narrador, o que faz com que ela seja perdida e passe despercebida nessas ocasiões. Os diálogos são rápidos e ao mesmo tempo diretos, mas não chegam a ser superficiais.

O roteiro não traz algo de revolucionário, mas mesmo assim tem qualidade e foi bem escrito. Mas o que o valoriza ainda mais a produção é a forma que Jean-Pierre Jeunet dá vida à personagem Amelie, juntamente com a atriz Audrey Tautou (este foi o filme que a lançou para o mundo), mostrando dessa forma que ambos souberam muito bem desenvolver os seus papéis. O estilo utilizado pelo diretor misturando comédia com drama mais a presença de um narrador, que parece estar narrando um assunto didático, acaba por tornar o filme muito interessante, leve e descontraído. Apresenta assim um toque incomum que nos faz esquecer do tempo, pois acabamos ficando presos ao filme para acompanhar sua narração que é rápida e rica em informações.

É curioso saber o que vai acontecer com a personagem, uma vez que no começo o filme enfatiza muito o drama da pobre menininha, mas pouco tempo depois já o quebra com a morte inesperada de sua mãe. Enfim, nossa personagem parece estar “abandonada”, levando a crer que ela será uma pessoa isolada dos outros, com medo do mundo lá fora. Porém, não é o que acontece. Amelie acaba se superando e nos dando uma lição de vida de uma forma muito divertida com seus planos mirabolantes para fazer os outros felizes.

O filme foi muito bem visto e recebido pelo público francês e, embora seja uma produção de língua não-inglesa, também fez um considerável sucesso nos Estados Unidos, tudo graças a esse estilo diferente e incomum na maioria dos filmes. Adorei o filme, é verdade, e o recomendo para todos que se interessam por algo mais inovador.

Por Tatiane Crescêncio
11/11/2005

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