terça-feira, 30 de junho de 2009

"trágico acaso"

fora minnie driver, não conheço ninguém.
filmes assim deveriam ser feitos mais vêzes. muito bom, diferente, não tem clichê,
bomba/explosão, final feliz nem pensar. é que a industria, como a grobo e qualquer
empresa ou business, precisa faturar, vive do lucro, aí fazem aqueles arrasa-
quarteirão,lançam no verão, nas férias e faturam horrores.
este é independente, bota livre nisso. a história, o roteiro é enxuto e muito bem
conduzido, narrando paralelamente a vida da mâe(minnie) e do saul, perdedor nato,
endividado de jogo, desempregado, pai doente e devendo ao agiota, duplicidade
de dívidas, ou seja: sem saída. não é a vida, são os últimos momentos, derradeiros
passos. o filme abre com o saul já na green mille, pula prá driver e aí vai alternan
do de maneira envolvente e muita competência os tais passos dos dois. barra pesada,
também nos diálogos. veja: o padi(ou reverendo) lhe diz numa das últimas visitas/
apoios: "porque foi o plano de deus", ao que o saul responde:(faz um curto resumo de sua vida e fecha: "entre o meu nascimento e agora, nesse entremeio, o que aconteceu em minha vida foi escolha minha, nunca mais me fale em plano de deus".
apesar de ser uma pedreira, crú, no final há um alento, quando a minnie deixa o
reboque com a bicicleta do filho de lado e provavelmente carregado do lixo que junta-
mos durante a vida, lá, desengata. achei positivo.
chico.

Um comentário:

Ráu disse...

Comecei a ver, mas não teminei. Parece ser bom.