sábado, 8 de dezembro de 2007

"nastassja pantera kinski"

sim, zé, este é o artigo sobre o diretor daquele filme em que marcello mastroianni beija a bunda
da nata. é que o meu amigo véio disse que não era ela, acho que acostumado com a de hoje,
totalmente transformada após as muitas plásticas que fez. prá que, eu não sei, com aquela
bocona de fazer angelina pedir prá cagar a sair.
chico.




Diversidade marcou a carreira de Lattuada
por Carlos Augusto Brandão
A morte do diretor Alberto Lattuada aos 91 anos, depois de uma carreira de quase sete décadas e que primou pela extrema versatilidade, se traduz na perda de mais um ícone da fase de ouro do cinema italiano que se vai, como Fellini, De Sica, Rossellini, Leone, Visconti e tantos outros.
Filho do compositor Felice Lattuada (1882-1962), Alberto nasceu em 13 de novembro de 1914 em Milão e desde jovem, manifestou um grande interesse pela literatura, o que o levou a escrever muitos artigos sobre cinema e a fundar uma publicação – Camminare – juntamente com seu companheiro de colégio Alberto Mondadore.
Após formar-se em arquitetura na Escola Politécnica de Milão – onde conheceu outros arquitetos que se voltaram para o cinema como Renato Castellani e Luigi Comencini – Lattuada começou no cinema como decorador de sets em 1933.
Em 1940 participou do roteiro do filme Piccolo Mondo Antico, de Mario Soldati, que foi premiado no Festival de Veneza. Dirigiu seu primeiro longa em 1942 – Giacomo L’ Idealista, com Massimo Serato e Marina Berti e começou a ser notado e a fazer sucesso com O Bandido (Il Bandito), de 46, com Anna Magnani e Amedeo Nazzari, seguido de O Delito (Il Delitto di Giovanni Episcopo), estrelado por Aldo Fabrizi e Ivonne Sanson.
Lattuada foi um dos nomes notáveis do neo-realismo, atuando no chamado Grupo de Milão, onde militava com Comencini , Dino Risi e outros mais. Dessa fase, seu filme mais conhecido é Sem Piedade (Senza Pietà) realizado em 1947, com Giullieta Massina e Carla Del Poggio, com quem foi casado. Em 1950 co-dirigiu com Federico Fellini – que estreava no cinema – Mulheres e Luzes, protagonizado por Giullieta Massina e, trazendo num pequeno papel, a brasileira Vanja Orico, que viria a fazer muito sucesso em O Cangaceiro, de Lima Barreto.
Norma Benguell foi outra brasileira a trabalhar com Lattuada em o Mafioso (Mafioso), de 1965, contracenando com Alberto Sordi, o Albertone, como os italianos carinhosamente chamavam o comediante. Uma das principais características da carreira de Lattuada foi a diversidade de sua obra, que abrangeu quase todos os grandes gêneros que fizeram do cinema italiano um dos melhores do mundo.
Nas comédias à italiana, um dos marcos desse cinema – onde pontificaram cineastas como Monicelli, Germi, De Sica e comediantes consagrados como Totò, Sordi, Manfredi, Gassman e tantos outros – Lattuada nos brindou com Venha Tomar Café Conosco (Venga a Prendere il Caffè da Noi), 1970 , estrelado pelo inesquecível Ugo Tognazzi.
Lattuada também realizou adaptações literárias para o cinema, casos de A Mandrágora (La Mandragola), 1965, baseado numa obra de Maquiavel, e de Tempestade de Aleksandr Puchkin. Tempestade, de 1958, tem no elenco Geoffrey Horne e Silvana Mangano, outro mito gigantesco do cinema italiano.
O erotismo igualmente foi uma constante no seu cinema em filmes como Tentação Proibida (Così Come Sei) – sobre relações incestuosas, com Marcello Mastroianni e Nastassia Kinski – e La Cicala sobre a rivalidade entre mãe e filha e que chegou a ser proibido na Itália.
Em sua extensa filmografia destacam-se ainda Passado que Condena, de 54 (La Spiaggia), com Martine Carol e Raf Vallone; A Noviça Proibida (Lettere di Uma Novizia), 60, com Jean-Paul Belmondo e Pascale Petit; O Pecado (Bianco Rosso e...), estrelado por Sophia Loren; e em 1985, a produção para tevê Cristóvão Colombo (Cristoforo Colombo), com Gabriel Byrne e Virna Lisi.
Lattuada também teve um papel importante no movimento de preservação fílmica, tendo presidido durante muitos anos a Cinemateca Italiana, e juntamente com Comencini, atuou na conservação do Arquivo do Cinema Italiano.
Em 1975 esteve no Brasil em Porto Alegre, a convite da Comissão Executiva para as Comemorações do Centenário da Colonização Italiana. Na cidade gaúcha fez uma conferência intitulada Vitalidade do Cinema Italiano e abriu uma retrospectiva de seus filmes da qual constavam, entre outros – O Bandido, O Moinho de Pó, Sem Piedade e Venha Tomar um Café Conosco.
O cinema italiano, que proporcionou ao mundo alguns dos momentos mais mágicos nas telas do mundo, fica desfalcado assim de mais um nome expressivo de sua cinematográfica.
publicado em 22/07/2005

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