ou o samba do crioulo doido versão western.
ed harris é há um bom tempo dos melhores atores do cinema americano. partiu prá
direção em "pollock", muito bem falado e pouco visto. agora, co-produziu, co-escreveu,
dirigiu e interpretou(com a competência de sempre, sóbrio, sério, econômico, convincente) este. aconselho-o a continuar à frente das câmeras. se bem que-a rigor-
a direção é boa, a desgraça está no roteiro e nos constrangedores diálogos. há vários
patéticos. no vagão do trem que transporta o fazendeiro assassino(jeremy irons,q.não
deve ter gostado nada da empreitada, não se dedicou, apesar da arrebatadora cena
inicial em que ele mata o xerife e seus dois auxiliares a sangue frio e como num passe de mágica) entra o velhinho bilheteiro(?)
e anuncia: "estamos chegando". alguém pergunta: "falta quanto tempo?" ao que responde
"uma hora". vai te fudê(desse jeito). e muitos outros.
ed e vigo chegam à cidade-título chamados pelo "sistema"(os velhos,ricos,poderosos
e covardes que seriam os donos comportados e politicamente corretos da aldeia não fosse a fúria assassina do jeremy, que pinta e borda: compra não paga, bebe idem, estupra,
rouba, toma, mata e vai cagando e andando)por sua fama de salvadores da pátria como
xerife e sub-delegado em outras situações idênticas; sua competência e eficiência.
o virgil do ed é um animal, burro e analfa, mas um monstro durão e frio, que não teme
a morte e portanto mata bem. o seu amigo, parceiro, consultor, conselheiro, braço-direito, boca de forno, anjo da guarda é tão bom quanto, até melhor por ser mais in-
teligente, sagaz e leal, ou seja o anjo protetor que todo mundo pediu a deus. esse
vigo tem crescido, ser dirigido duas vêzes seguidas por cronnemberg só lhe fez bem
e ele é o melhor do filme - em todos os sentidos e de qualquer ângulo.
o faroeste é o gênero americano por natureza e por isto é o maior. não pode ser
subvertido, reinventado ou qualquer coisa do tipo. todas as tentativas fracassaram
e não seria diferente agora. respeite o povo, porra. todos os elementos ali na mão,
história clássica( marca registrada do tipo), personagens ricos, boa reconstituição
de época, belas locações(novo méxico) valorizadas pela ótima fotografia... tudo
desperdiçado.
caralho! que diabo foi aquilo que que o ed e o outro roteirista fizeram com o personagem do irons? depois das duas fugas, ele volta à cidade, abre a porta e diz
pro xerife virgil: "é um prazer revê-lo" e aquele não lhe dá um tiro ou, na pior e
mais educada hipótese, não o prende? o filme acabou ali. tem outro momento-cagada
antes, na "aparição" rápida e desnecessária dos índios, que entram calados e saem mudos, após se venderem por um cavalo. vá-tomá-no-cu!
e o pior é que o ed chega a tirar um fino, há momentos bons, principalmente do vigo(quase irreconhecível no início, escondido atrás do bigodão e cavanhaque), seu
olhar perspicaz e seu inseparável rifle do tamanho do cão, sempre aos ombros.
a discussão/defesa da tese medo/falta de é muito interessante e bem feita.
mas falta ao filme credibilidade.
qui peste a renèe boca de pica-torta zellweger foi fazer ali? foder com os caras?
além de dar prá todo mundo? porque o ed não matou-a quando ela tava dando pro sequestrador no rio? são muitos furos.
talvez, no futuro mereça uma revista numa cópia honesta, esta "pira" do zé tá muito
falha, mordendo, mosaicando(às vêzes o povo está lá falando virado na boba e não
aparece a legenda ou só a metade).
quem viu? aceito defesa ou outras opiniões.
chico.
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