espetacular. perdoem o lugar comun, a pouca leitura, a "ignorança do macaco".
mas não vejo outra palavra para qualificar melhor esta obra prima de (sir?)
david lean.
puta merda! como "spartacus", que entra em todas as minhas listas - o épico
magistral de kubrick - é pequeno perto deste. e eu venho esquecendo de pô-lo nas últimas(1). tá certo que nunca o vi por inteiro, talvez no lançamento em 62,
mas se aconteceu, eu tinha treze anos. nas madrugadas insones, vi várias vêzes muitos pedaços, pequenos, grandes, o início arrebatador, onde lean mostra suas
armas, toda sua técnica. deve ter sido pela duração, muito longo prá uma crian-
ça e depois para um bêbado.
agora, assis(tks véio) me emprestou a última versão, maior que os 206 minutos
da versão do diretor, com 217 minutos, exatas treis horas e trinta sete minutos.
não cansa. cinema não, filme bom, nem pensar.
introcucing - introduzindo, apresentando(?) peter o'toole. porra, o lean tinha
peso. como protagonista! é brincadeira. e o elenco? escolhido a dedo.
a fotografia é - como dizer sem chover no molhado ? - conto: antes ou depois
de ter visto (o ótimo) "o céu que nos protege", li na set(provavelmente do jão):
"bertolucci fez uma pequena obra prima, beneficiado pelo excelente romance de
paul bowels e o saara captado de forma belíssima pela fotografia de vittorio
storaro". é verdade. mas o que dizer desta de(nun sei quem - vou pesquisar, depois postarei), oscarizada(um dos sete - ah academia fila da puta, deu onze pro "titanic", fazendo aquela bosta empatar com o monumental "ben-hur")?
é magnífica. a trilha sonora do jarre é uma das que mais combinou com a
história,o cenário, o proposto, a grandeza. é edificante.
o que seria do cinema(hollywood, o negócio, a indústria, a sétima arte), as
artes em geral, a cultura, a história, o homen, nós - pobres mortais - se não
fosse o herói? nada. é da natureza humana ter medo. o t.e.l. também devia ter
os seus. mas e a mente, a sua cabeça, que força extraordinária: "é simples, é
só pensar que não vai doer", diz(perdão, quem diz somos nós, ele afirma, de-
clara, escreve a sua história, provando que "nada estava esrito", como diziam
os árabes, os beduínos, aqueles índios) prá o soldadinho que se admira por ele
ter apagado o fósforo com os dedos, friamente. (tks 2, assis - o filme tá ali).
ele é meio que desastrado, inconstante, meio porra-louca, mas gosta de aven-
tura, é determinado, destemido, tem "cunhão", enfim.
e a política, a geopolítica, a inglaterra(mãe dos u.s.a), a safadeza, o jôgo de inte-
rêsses, estão lá, viradas na boba-da-peste. o claude rains(de "casablanca") - só
agora vim descobrir - faz a eminência parda, na acepção da palavra, o interesse
civil, mais que o golbery e muito menos o zé dirceu(assalariado do pt). perfeito.
civil aí é o capital, claro.
é um épico, um filmaço. todos deviam asistir, mesmo nesses tempos corridos.
é uma aula de história, de cinema e da vida.
chico.
(1) - listas... é aquilo que falei numa das resenhas sobre "listas" de um jornal
inglês e "ilha deserta - filmes", são ótimas por isso. voce muda, em função de
vários fatores, inclusive a memória. este entra na minha de hoje.
###humor negro: deve ser a minha homofobia, mas voces viram os pulos de
alegria que o law(perdoem a intimidade)/o'toole dá quando veste a saia/vestido
branco lhe presenteado pelo alli(omar)? e os meninos, que ele adota e leva embaixo do
braço prá tudo que é lugar? maquiado, com olhos pintados com rímel em pleno
deserto. há horas, cenas em que parece uma boneca, uma barbie. é foda. peter
o'toole já nasceu viado(com I, revisor filodaputa). seria o personagem também?
teria o lean o escolhido por isso?
vejam(ou revejam) e opinem.
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Um comentário:
Esse filme é show mesmo CHICÃO. Espetacular. E o O'TOOLE (ótimo ator) é bicha, tanto quanto o personagem.
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