acho que voces conhecem o bonequinho de o globo, segundo caderno, cinema. são toques curtos,
objetivos e geralmente bons. este - com o bonequinho sentado, triste e/ou cochilando - é sobre
"náufrago": "cinema é entretenimento e o mandamento primeiro e único é não tens o direito de
aborrecer o espectador". pois não é que este consegue ser pior que o da ilha, apesar de centenas de personagens,um constante e interminável ir e vir para várias cidades. é uma desgraça. david
fincher dos ótimos seven e clube da luta. saca aquelas reportagens sobre saúde, novidades de medicamentos, novas descobertas, às quais vou correndo e ansioso e quando voce ler, ela é incon
clusiva. pronto, é o caso. mas quiporra, 157 minutos, que desperdício. ah... "baseado em fatos re-
ais", no arquivo do caso de um serial killer, que, claro, matou uma porrada de gente, escrevia pa-
ra a polícia, assinando zodíaco(já viram isso ene vezes. ou mais?) e nunca foi preso. e daí?
a imprensa aí é mostrada com tanta ou maior importancia até do que a polícia. robert downy jr.
é reporter do chronicle, álcóolatra e é dono da primeira metade do filme, quando simplesmente sai de cena. eu só posso de deduzir que ele tenha sido preso numa das inúmeras vêzes em que isso aconteceu. de bigode, cavanhaque, cabelo desalinhado e olhos de heroína ou morfina, aparece
chapado em todas as cenas, ou fumando ou bebendo ou os dois. jake gylenhaal é cartunista do
jornal e sua fixação pelo caso leva-o à loucura e esta à perda do casamento/família e do emprego.
não está à altura do filho do denis quaid, que salva o mundo no ótimo "o dia depois de amanhã".
o correto mark ruffalo é o detetive e naufraga na merda do filme.
salva-se: a cena de abertura, de duplo assassinato; a reconstituição de época(a história vai dos
60 aos 90), inclusive com dois carros brasileiros, um kharman-ghia branco e um fiat 147 de cor
jerimum, do jake e umas duas gaitadas boas que dei com a loucura do cartunista(no porão de um
suspeito e na casa do sargento, quando vai acordá-lo com a sua paranóia). um engôdo, tremenda cagada do fincher.
por outro lado, o contrapeso - "batman begins" - é do caralho, um filmaço. cristopher nolan, que
elogiei outro dia aqui numa das primeiras postagens. também é co-autor do roteiro, muito bom.
é melhor do que "cassino royale", vários outros 007 e todos os outros homens-morcego. meu
irmão, aquele doido do tim burton, tão cultuado pelo americano e as revistas de cinema é uma
bosta: escalar michael keaton, aquele merdinha como o cavaleiro das trevas é um ultraje. joel
shumacker cagou no páu feio em "b. e robin", desperdiçando o grande talento de tommy lee jones num ridículo vilão duas caras e o insuportável jim carrey fazendo um vilão gay, careteiro,
cheio de gracinhas, verdadeiro chute nos cunhão(foi o último filme em que ele aparece que eu vi.
radicalizei) . christian bale. é, tem jeito não, é o melhor ator do momento(apesar de parecer com
o collor, que - convenhamos - não é mau ator). porra, a cena no final em que a menina(katie hol-
mes, lembra a nívea stelmann e a samara filipo, ou seja, uma doméstica, mas dá conta do recado)
chega perto dele nas ruínas de seu castelo incendiado e se beijam e todos ficamos acreditando e
torcendo para ficarem juntos e ela lhe dá "um corte"(como dizia-se em cajueiro, nos bailes da
vida), a cara do cara, meu irmão! impressionante, pensei que ele ia ter um ataque, ou chorar, ou
botar sangue pelo nariz a pelos olhos. do caralho. e a cara de cinismo mostrada em poucas mas
precisas cenas, com alfred e lucius. tem muitos recursos. vai longe. sim, deverão vir outros, já
que crane escapou. se preparem.
o elenco todo está muito bem. exceção apenas do tom wilkinson, um grande ator, mas não convence como o falcone mafioso. me abrí com o gary oldman fazendo o papel de cristopher plu-
mmer, de bigode.
filmaço. quem não viu, veja.
chico.
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