Mais uma vez, o inglês Guy Ritchie dirige a continuação da série, e, para não variar, o faz com a perspicácia de sempre, o que, aliás, é privilégio seu, não apenas nas adaptações, mas também nas produções originais, como em Snatch-Porcos e Diamantes (2000) – tremendo sarro! - e Destino Insólito (2005). Aqui, ele continua com a saga do melhor entre todos os detetives, aquele que sempre foi considerado o homem mais inteligente do mundo. É, mas agora existe um novo gênio do crime — Professor Moriarty (Jared Harris) — que não é apenas tão inteligente quanto Holmes, é também um ser de alma maligna e de inconsciência patológica, o que o torna um páreo a altura do famoso detetive, tido como sujeito de “sangue bom”. Pelos jornais, Holmes acompanha uma sucessão de notícias: um escândalo derruba um magnata indiano do algodão; um traficante de ópio chinês morre de uma aparente overdose; atentados em Estrasburgo e Viena; a morte de um magnata americano do aço; etc. Para muitos, elas passariam despercebidas, mas não para ele, que consegue enxergar uma ligação entre esses eventos aparentemente aleatórios. O mestre, obviamente, percebe que existe uma articulação deliberada que vem provocando uma sequência de perversidades. Quem poderá estar no centro de tudo isso? Moriarty, é claro. A partir daí, temos um corolário de situações cada vez mais perigosas, que só crescem à medida que Holmes e Watson, seu fiel escudeiro, se deslocam de Londres para a França, Alemanha e, finalmente, Suíça. Moriarty, no entanto, está sempre um passo à frente e consegue permear uma teia de maldades — parte de um plano maior que, se bem executado, poderá mudar o curso da história. O filme é muito bom, com ação e suspense crescentes, esteticamente perfeito e com ótimas performances de Downey Jr., Jude Law e Jared Harris. Na ala feminina - que belas! - uma loira, Rachel McAdams (que também estava no primeiro filme), e uma ruiva, a novata Noomi Rapace, atriz sueca, que está fazendo Prometheus (no estilo Alien), a ser lançado brevemente.
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