antes do cine brasil e do plaza, houve um cinema que marcou minha vida. o da usina ouricuri,
que funcionava aos sábados e domingos num galpão da oficina ou garagem, grande espaço. eu
devia ter por volta dos 7 anos e lá vi o show do homem que puxava um caminhão, depois o
cavalo da carreta passava por cima dele, além de luiz gonzaga e do jackson do pandeiro. foi lá
também que vi(uns pedaços, visto que nas cenas mais "fortes", meu pai, ao meu lado, tapava
meus olhos com sua mão)pela primeira vez e provavelmente a primeira versão de "o morro
dos ventos uivantes", inglês com sir laurence olivier.
"ulisses" é o de mais fresca lembrança por sua beleza plástica(muito mar, viagem, aventuras,
lutas, mulheres bonitas) e elenco. parece que o diretor é mário cammerini, italiano. kirk douglas
no auge da forma, anthony quinn, silvana manganno(a mulher e circe, a feiticeira) e a introdução
de uma jumental rossana podestá. lembro de uma cena dela e outras ninfetas jogando bola numa
praia, terra desconhecida onde baixam ulisses e sua tropa/gang. só que a bola era de plástico, daquelas enormes, multicoloridas, de gomos cada um de uma cor, inventada no século XX, de-
pois da descoberta do petróleo e aplicação de seus derivados; não poderia haver ainda naquela época da civilização grega. não tira um arranhão do brilho do filme, mas de certa forma me dei-
xou satisfeito por ser apenas o início daquilo que eu tenho - segundo voces - de sobra: uma
visão apurada, crítica.
vamos procurar nas locadoras e fazer uma seção "vale a pena ver de novo". vale, eu garanto.
chico.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário