sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

BLADE RUNNER - Marco e perfeição

Alô moçada. Esta é a minha primeira postagem. Fiz uma síntese de BLADE RUNNER, colada abaixo:

O filme Blade Runner - O Caçador de Andróides tornou-se um marco na história do cinema. Para mim, o melhor filme de todos os tempos. No mínimo, aquele que mais me impressionou. Quebrou o paradigma do cinema de ficção, até então mais afeito à exploração do alienígena, muitas vezes caricato e inverossímel, outros nem tanto, mas, enfim, sempre buscando inspiração nos mundos alheios. O Caçador, ao contrário, retrata de maneira surpreendente, um tema bem mais aceitável, embora à época distante, mas sempre atualíssimo: O clone humano. Mesmo que em 1982, ano de seu lançamento, isso fosse um assunto menos palpável que nos dias atuais, era, e ainda é, algo bem mais apreciável que os ET´s, de Varginha, ou não.

O filme é um luxo só. Enredo equilibrado sobre um tema polêmico. É tão bem encaminhado pelo diretor Ridley Scott, que eventuais erros técnicos só poderiam ser percebidos por alguém com bem mais astúcia cinematográfica do que eu. A direção é show de bola. A câmera estática e a falta de ação, não tiram, em absoluto, o brilho do filme. Ridley controla o seu elenco com maestria invejável, cena a cena, priorizando detalhes e nuances que vão delineando o entendimento da trama. O elenco é de primeira. Muitos consideram Harrison Ford enfadonho, mas encaixou muito bem no papel de herói humano, aquele que bate, mas também apanha. Eduard James Olmos, Sean Young e Daryl Hannah fizeram os melhores papéis de suas vidas. Quanto a Hutger Heuer, aí são outros quinhentos. Ele simplesmente rouba a cena. É o dono do filme. Ele é o replicante que faz a trama girar em torno de si, até o último instante, na impagável cena em que poupa a vida do caçador, certamente, porque enxergava nele a perpetuação da própria espécie.

Gostei mais da versão original, a primeira - a do cinema, quando o caçador ia narrando o filme, de forma contida, é bem verdade, mas que contribuiu em muito, para a compreensão da história. História muito bem contada, e excepcionalmente bem conduzida pelo mestre Ridley – fumacinhas à parte.

Ráu.

3 comentários:

chic� disse...

boa resenha. a leitura da "nova-
ficção científica" é precisa.
agora, lamento ter faltado à última(no caso,a primeira) sessão(casa do zé).
a única vez que vi, já por volta de 85, na tv, acho que na globo, com
um porrilhão de intervalos, mijadas e vodkas mil compromete uma
avaliação melhor. gostei. achei a l.a. futurista muito bem bolada, a
história boa e bem desenvolvida. o
ridley, que na época a até onde eu me lembre,só conhecia de "os duelistas", seu primeiro e que achei fraco, crescera e apresentara armas para o que viria a ser o que é hoje: um dos grandes.
vou rever e voltarei.
chico.

Johnny disse...

Entre Os Duelistas e Blade Runner ele dirigiu outro filme de ficção: Aliens, o oitavo passageiro. Excelente. Melhor que a seqüência (também boa), dirigida por James Cameron, e, a meu ver, no mesmo nível de Blade Runner e O Exterminador do Futuro (também dirigido por Cameron). Aliás, a série Aliens é muito boa. O terceiro, dirigido por David Finch (vide comentário sobre Clube da Luta), também é muito bom.

Anônimo disse...

"O OITAVO PASSAGEIRO" é muito bom mesmo (como os outros), ainda que numa linha diferente de "BLADE". Ação e suspense até o pé do cabelo.