quarta-feira, 7 de novembro de 2007

"o comboio do medo"

nunca vi. assistí "o salário do medo", de henri georges cluzout, com yves montand. grande, entra
em qualquer lista dos melhores. a ação se passa num deserto montanhoso, estradinhas miseráveis, cheias de penhascos e precipícios(áfrica. argélia?) suspense quase horror. muito bem feito, uma obra prima. voces devem ver.
curiosidade: sobre este d o w.f. é que desde quando voce falou a primeira vez, eu achei que o cara(vogner?) tinha se enganado, que o diretor era john frankenheimer. é que eu vi num daqueles directors("os diretores"), que passam nas madrugadas, acho que no universal, com entrevistas, depoimentos dos caras e na minha mente/lembrança só vinha o john f. vou
fuçar. se eu não estiver louco, acho que ele começou e saíu por questão de saúde(infarto?).
se tiver ele naquela locadora, vou pegar. estou curioso, apesar de não crer ser superior ao
francês.
bora.
chico.



O Comboio do Medo (1977)
Em nome da ambiçãoFracasso astronômico de William Friedkin adaptou O Salário do Medo com muito mais realismo que o originalA sina do remake é permanecer à sombra do original, até que revisionistas arrependidos -um vício dos críticos surgidos após 1983- resolvam fazer justiça anos depois, pesando o valor da pretensa “imitação”. Foi este o caso do excelente O Comboio do Medo, tentativa de William Friedkin repetir o sucesso de O Exorcista, desta vez com adaptação do clássico cinematográfico de Henri-Georges Clouzot. Perfeccionista doentio, o americano aproveitou a linha-mestra do script original para retocar a obra com mais ação e menos profundidade psicológica, aspecto que não prejudica a releitura.O filme começa desconexo, bastante confuso, expondo os episódios que levam quatro personagens distintos -todos em situações que exigem a fuga imediata dos seus respectivos países- a procurarem refúgio numa empresa petrolífera sul-americana. Lá, num fim-de-mundo de condições sub-humanas, aceitam o desafio de transportar nitroglicerina volátil em dois caminhões caindo aos pedaços por uma selva tropical de relevo traiçoeiro.Roy Scheider -na pele do ex-gangster Jackie Scanlon- dirige um dos veículos, seguido de perto pelo árabe Kassem. Cada qual é acompanhado por um navegador que também se reveza ao volante. É quando O Comboio do Medo realmente entra nos eixos, deixando para trás um primeiro terço incongruente e desprovido de ritmo. Na jornada do quarteto, a geografia da floresta contribui para o agravamento da situação num cenário assolado por borrascas impiedosas, lama e empecílios de toda sorte.Obstinados para levar a carga explosiva até seu destino, Scanlon, Victor Manzon, Nilo e Kassem entregam as próprias vidas ao sabor das circunstâncias que mostram-se cada vez mais difíceis. Nesse abismo paradoxal, onde esperança e desalento chocam-se o tempo todo sem possibilidade de retorno, os quatro personagens tem a Natureza como reflexo conturbado dos seus fantasmas interiores, sombras ameaçadoras ampliadas a cada dificuldade surgida.Que espectadores desavisados não esperem condescendência de Friedkin: avesso aos caminhos hollywoodianos do contentamento, amargo e -tal como em O Exorcista- dado a desfechos perversos, ele providencia um dos mais inusitados finais para a fita. Não à toa, O Comboio do Medo teve desempenho vergonhoso nas bilheterias da época, lançando o próprio nome do realizador ao esquecimento. Atenção!Parte do impacto do filme pode ser atribuído à excelente trilha-sonora do grupo alemão Tangerine Dream, uma obra-prima do gênero.SorcererDireção: William FriedkinCom: Roy Scheider, Bruno Cremer, Francisco RabalDuração: 121 min. Meio: DVDDistribuição: Columbia PicturesQualidade da Cópia Analisada: BoaÍndice de Raridade: **

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